terça-feira, 29 de março de 2011

Pretérito mais que perfeito !

Incrível como o tempo passa esse mês completei 19 anos. Parece que foi ontem que quebrei a cabeça jogando bola com o papai, que estourei o cano de água com uma bolada e que acordava de madrugada "mijado" chamando pelos meus pais chorando.
Putz ! Só depois que essa fase passa que nós nos damos conta do tempo que aproveitamos ou deixamos de aproveitar.
Na minha infância tive a felicidade e a sorte de morar em uma casa com um pátio grande e de frente para uma mata, onde a rua, até meus 12 anos, era de terra. Um lugar super tranquilo, onde andava de bicicleta sem preocupação, ia jogar bola no campinho no final da rua"de boa" e ia comprar bombinha de São João na vendinha da Dona Glória, sem falar nas partidas de peteca( bolinhas de gude) nos fins de semana. Depois de asfaltada  aproveitei ainda mais, jogando travinha, queimada, apostando corrida, volêi e podendo colocar a cadeira no meio da rua até altas horas jogando "porrinha".
A memória é realmente fantástica. Escrevi parte desta prosa olhando a foto de Dona Abigail Martins, mas conhecida como minha avó, com um sorriso de dar inveja a qualquer um. Infelizmente ela já se foi. Tá ! Mas por que citar minha avó? Simplesmente porque ela foi e continua sendo,pra mim, o maior exemplo de pessoa alegre e de bem com a vida que já conheci, a pessoa mais doce e sentimental que pude conviver e a pessoa, que apesar das intempéries da vida, soube aproveitar o que de melhor lhe ofereceu, que foi o dom de transmitir o bem, o amor ao próximo e a compreensão. Para quem não entendeu a relação dos primeiros parágrafos com este,quiz dizer que para se recordar o passado, primeiramente tem que se saber viver o presente(desculpe se fui rude neste último trecho).
Bom seria se pudesse construir uma máquina do tempo, mas programada para não poder mudar o que já foi feito, e sim para poder curtir novamente o que já foi vivido. Os bons momentos são únicos e eternos, onde nós temos, desafiando as leis da física e o mundo, uma máquina do tempo pessoal, que é acionanda a toda hora e em qualquer situação, é só querer ligar, as lembranças.
Essa postagem é um exemplo do fazer no presente para poder recordar no futuro, pois sei que não é um texto complexo ou que intelectual, mas lá na frente servirá para recordar e ver o quanto evoluí ou regredi.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Pará Pai D'égua !

Passei a semana pensando o que escrever na próxima postagem. Pensei em "Pecados", mas não tenho embasamento para um tema tão polêmico. Pensei em falar sobre os "Mistos do Futebol", mas meu público não permite no momento. Resolvi, em cima da hora, escrever sobre meu querido e multicultural estado.
Conheço pouco meu Pará, mas me sinto seguro em falar sobre ele. Já viajei para vários pontos dele, sul e sudeste, norte e nordeste e oeste paraense. Me encanto em conhecer um pouquinho o meu povo e da cultura em cada cidade que visito.
No Sul e Sudeste já visitei Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás, São Geraldo do Araguaia e Jacundá. A região dos imigrantes, atraídos pelo minério, pelas "terras sem lei", pelo "Eldorado" em Serra Pelada, da Guerrilha do Araguaia e da Serra das Andorinhas em São Geraldo.
No Oeste, conheci Santarém, Óbidos e Oriximiná. Região do Baixo Amazonas, onde também se encontram os rios Tapajós e Trombetas. Lugar de lindas paisagens, como o encontro das águas barrentas do Amazonas com a escura do Tapajós, dando apelido a Santarém de Pérola do Tapajós. Em Óbidos pude presenciar um povo animado, responsável e religioso, acompanhando as festividades de Sant' Ana pelas ruas históricas dessa senhora cidade de 314 anos e que foi o berço de Inglês de Souza, grande escritor paraense. Oriximiná é uma cidade simpática e calma, onde dois esportes predominam, o futebol e, supreendentemente, a corrida de cavalos.
No Norte e Nordeste, fui a Abaetetuba, Vigia de Nazaré, Salinópolis, Bragança, e moro na Cidade das Mangueiras. Em "Abaeté" (como é conhecida Abaetetuba) pude conhecer o peculiar sotaque com influência francesa e que virou marca do abaetetubense e por que não do paraense, né mano? Na Vigia uma cidade linda, com um centro histórico interessante, foi a primeira cidade do estado(juntamente a Belém) e tem um dos carnavais mais animados , que sá do Brasil. Bragança(Ajuruteua) e Salinas(Salinópolis) com suas praias encantam quem às visita.
Como deu para notar faltou Belém, pois é, mas esta é especial. Belém não se trata de qualquer cidade, pois Belém é a cidade. Pensando bem, sou suspeito para falar de "Manga City", então não vou falar, só vendo e tirando suas próprias conclusões.
Das regiões do meu Pará, só a do Marajó não conheço, mas tenho a certeza que não são somente os búfalos que fazem a beleza da maior ilha fluvial do mundo.
você que ainda não veio ao Pará, saiba que não perderá nada ao visitar. Você que mora no Pará e é daqui, valorize o que está ao seu alcance, nossa cultura, o povo, a musicalidade, nosso patrimônio natural e histórico, faz parte de suas origens.
AH ! Peço desculpas aos remistas pelo plano de fundo, mas meu amor pelo maior do norte é maior que minha imparcialidade. 

domingo, 13 de março de 2011

Valorizar !

Benedito José Viana da Costa Nunes.Um nome conhecido e reconhecido no Brasil e no mundo. O mestre Benedito, me serve como inspiração para criar o segundo texto de meu recente Blog.
Professor Benedito Nunes era filósofo, lecionou em grandes Universidades do mundo e também, pelo amor de repassar seu conhecimento, em colégios de sua amada e algumas vezes criticada Belém. Foi o precursor da tradução da literatura Alemã para o português  e autor de 15 obras literárias, que lhe renderam prêmios como o Machado de Assis, pelo conjunto da obra, em 2010, e o Jabuti da Literatura Brasileira, pelo estudo da obra de Martin Heidegger, em 1987.
Me permiti usar o nome do Professor "Bené"(como poucos o chamavam), para escrever sobre a falta do saber da própria cultura do jovem brasileiro. Vou tomar como principal exemplificação meu dia-a-dia, do comportamento do jovem paraense em relação a sua cultura e seus pensadores.
Começo meu tema explicando como Benedito me inspirou. Na semana de seu falecimento tive uma aula de história onde o professor começou seu trabalho nos perguntando quem era o senhor que aparecia na imagem projetada no quadro. Era Benedito Nunes. O fato triste é que apenas eu e mais 3 ou 4 pessoas responderam de quem se tratava. Minha turma é composta de pelo menos 85% de jovens entre 16 e 20 anos de idade. Hoje fico pensando qual seria a resposta se perguntassem sobre Dalcídio Jurandir, Ingl~es de Souza ou Bruno de Menezes, ou seria melhor não pensar ?
Um tempo atrás, li uma matéria da Lia Luft em que condenava a retirada de uma obra de Monteiro Lobato como leitura obrigatória das escolas públicas, logicamente concordei concordei com sua defesa. Monteiro Lobato assim como Machado de Assis, Cecília Meireles(grande poetisa) e Carlos Drummond, tem que se manter fortes na cabeça do brasileiro, para que sirva de inspiração para a geração do presente e do futuro.
Isso. tudo serve como alerta a Luis Fernando Verissimo, Marcelo Rubens Paiva, Zuenir Ventura e Cia, pois nossos autores da atualidade poderão ser meros escritores com suas obras esquecidas na Biblioteca Nacional.
Voltando a pessoa que inspirou, digo, com muita tristeza, que me sinto mio apavorado em pensar que Benedito Nunes seja esquecido e pouco conhecido por nós paraenses. Só me resta torcer para que nas próximas gerações tenham pessoas que pensem de forma parecida a minha. 

domingo, 6 de março de 2011

A Barca da Pré-Medicina !

Era para eu estar estudando ou dormindo para acordar cedo e estudar. Mas fui inspirado por uma colega que se encontra na mesma situação que eu a fazer um Blog. Por isso, peço a você, meu leitor, que  tenha paciência ao ler os textos que me proponho a digitar.
Bem, sou um estudante de cursinho pré-vestibular e quero Medicina, e começo a partir deste amontoado de palavras treinar a organizar e a expor um pouco da minha visão de mundo.
Sou novo, tenho apenas 19 anos, mas estou a dois tentando alcançar um sonho que é passar em Medicina. Um sonho que não é apenas pelo que o mundo capitalista impõe a sociedade, estimulando o acúmulo de bens materiais e de capital, mas pelo amor, respeito e fascínio que tenho pelo trabalho desses profissionais que se dispuseram a aprender uma função para  salvar a vida do próximo.
Sei que muitos estão na mesma luta que eu, com o mesmo sonho ou apenas com o mesmo objetivo, e sei também o que essas outras pessoas passam para tentar alcançar o "sucesso". Muitos dos pré-universitários de Medicina aguentam anos estudando matérias que não vão lhes servir dentro do seu mundo profissional. Mas eles aguentam por que sabem que o Romantismo, a Grécia Antiga ou até mesmo um Triângulo Equilátero e um Log podem fazer dele um ser humano competente a concretizar seus objetivos e abrir sua mente, para ter uma visão de mundo ampla que lhe permita debater sobre diversos assuntos com outros profissionais.
Nós vestibulandos temos o costume de evocar a Deus pedindo que nos ajude. Mas, apesar de acreditar em Deus, como cristão que sou, discordo do pedido como se fosse somente você no mundo, creio que deve ser feito para dar saúde, ânimo, força para estudar e que Ele nos dê condições para que façamos uma boa prova , pois é com esforço, dedicação e sem nunca esmorecer que se chega a Medicina. Uma grande amiga, em um dia de tristeza repentina, me mandou um texto que é atribuído a Shakespeare, e assim como ela, gosto de refletir sobre dois trechos que vou compartilhar com vocês:"Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.""E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!".
Faço minhas palavras as de Shakespeare aos meus, não concorrentes, mas sim futuros companheiros de profissão e também as pessoas que se sentirem identificadas.
Obrigado ! Feliz Carnaval a Todos !!